O uso das aspas

Um dos posts mais requisitados aqui no blog é este sobre o uso das aspas. Preparei um pequeno, simples, pero de coração, infográfico que mostra alguns aspectos do uso de forma extremamente resumida.

, 23 de janeiro de 2020

Um dos posts mais requisitados aqui no blog é este sobre o uso das aspas.

Preparei um pequeno, simples, pero de coração, infográfico que mostra alguns aspectos do uso de forma extremamente resumida.

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Transcrevo, então, a explicação sobre elas retirada da Moderna Gramática Portuguesa (Bechara, 37. ed., 2009).

Aspas – De modo geral, usamos como aspas o sinal [ “ ” ]; mas pode haver, para empregos diferentes as aspas simples [ ‘ ’ ]. Nos trabalhos científicos sobre línguas, as aspas simples referem-se a significados ou sentidos: amare, lat.‘amar’ port. Às vezes, usa-se nesta aplicação o sublinhado (cada vez menos frequente no texto impresso) ou o itálico. As aspas também são empregadas para dar a certa expressão sentido particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria:

Observação: Escrevendo, ressaltamos a expressão também com o sublinhado, o que, nos textos impressos, corresponde ao emprego de tipo diferente:

— “Sim, mas percebo-o agora, porque só agora nos surgiu a ocasião de enriquecer. Foi uma sorte grande que Deus nos mandou.

— “Deus”...

— Deus, sim, e você o ofendeu afastando-a com o pé” [ML.1, 223].

“Você já reparou Miloca, na “ganja” da Sinhazinha? Disse uma sirigaita de “beleza” na testa” [ML.1, 102].

Quando uma pausa coincide com o final da expressão ou sentença que se acha entre aspas, coloca-se o competente sinal de pontuação depois delas, se encerram apenas uma parte da proposição; quando, porém, as aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou expressão, a respectiva notação fica abrangida por elas:

“Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de segurar? Ninguém.” [RB]

“Mísera, tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imortal, que toda a luz resume!”

“Por que não nasce eu um simples vaga-lume?” [MA]

 


Escrito por Carol Machado,
em 23 de janeiro de 2020.
Mestra em Ciências da Linguagem na Universidade Nova de Lisboa. Graduada em Letras pela PUCRS. Revisora desde 2008. É autora do Manual de Sobrevivência do Revisor Iniciante e coautora do Revisão de Textos Acadêmicos - boas práticas para revisoras, estudantes e a academia.
Foto de Carol Machado