Inovação em revisão de texto
Algo que vem me tirando o sossego é o título deste post. Como inovar em revisão de texto?
— Carol Machado,8 de julho de 2014
Tenho pensado e observado muito nos últimos dias em relação à revisão de textos e como eu poderia me tornar uma profissional melhor.
Não sei a data em que o primeiro revisor apareceu. Junto com o primeiro texto publicado, talvez. Mas tenho a impressão de que desde então pouco mudou em nosso ofício.
Trocamos a caneta vermelha (alguns ainda não) pelo computador e suas alterações controladas. Entramos no século XXI. Será mesmo?
Reclamamos todos os dias dos prazos exíguos a que somos submetidos. Bem, isso já não é mais a exceção, é a regra. Quantos dos clientes de vocês deram um prazo suficiente para a revisão em que fosse possível ler duas vezes o texto nos últimos tempos? Acho que comigo nunca aconteceu.
E assim vamos e reclamamos. Sem pensar muito, repetimos o que nos foi ensinado e trabalhamos dessa maneira porque é assim e pronto.
Pergunto-me, então, o que fazemos para tornar nossos trabalhos mais ágeis. É possível? Um cursinho de leitura dinâmica resolveria o problema? Ou deveríamos fazer mais uso das tecnologias que tanto nos assombram pela possibilidade de sermos substituídos?
Ler mais rápido implica baixa qualidade. O que nos sobra é a tecnologia. Dinamizar processos, automatizar o que for possível, não só na hora em que a revisão acontece, mas também durante negociações e todas as etapas envolvidas na gestão de uma carreira.
Desenvolver um novo método, por que não? Ouvir os clientes, saber o que eles pensam sobre os nossos processos de trabalho pode ser um bom começo para entender de que forma somos úteis e trazemos valor para o produto deles.
Uma coisa é certa: se nós não corrermos atrás do mercado, seremos esquecidos por ele.
Gostaria muito de saber a opinião de revisores e não revisores sobre o assunto. Principalmente a visão de vocês sobre o nosso atual mercado de trabalho e o papel da tecnologia em nosso cotidiano.